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A Hungria se separou? Essa é uma pergunta que tem circulado nas redes sociais nas últimas semanas. Na verdade, não houve uma separação oficial do país. O que aconteceu foi uma onda de protestos contra o governo húngaro e suas políticas autoritárias, que geraram uma crise política sem precedentes. Os protestos começaram quando o governo de Viktor Orbán aprovou uma lei que, segundo críticos, restringe a liberdade de imprensa no país. A lei prevê multas pesadas para jornalistas e veículos de mídia que publiquem informações consideradas "prejudiciais ao interesse público". Ela também permite que o governo tenha mais controle sobre os veículos de mídia e nomeie seus líderes. Os manifestantes demandavam a revogação dessa lei e outras medidas do governo que eles consideram autoritárias, como a reforma trabalhista e a restrição ao financiamento de organizações não-governamentais. Alguns chegaram a pedir a renúncia do primeiro-ministro Viktor Orbán, que está no poder desde 2010. Os protestos foram marcados por confrontos violentos entre os manifestantes e a polícia, que usou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar a multidão. Centenas de pessoas foram presas e várias ficaram feridas. O governo húngaro, por sua vez, acusou os manifestantes de serem violentos e destrutivos. Apesar da aparente falta de uma separação oficial, a crise política na Hungria revela um país profundamente dividido. Enquanto Orbán e seus apoiadores defendem suas políticas como necessárias para proteger os interesses nacionais, seus críticos acusam o governo de minar a democracia e os direitos fundamentais. O futuro da Hungria continua incerto e a tensão política persiste.